13 de dez. de 2012

KOTSCHO: OFENSIVA CONTRA LULA NÃO TEM MAIS LIMITES

Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!

Jornalista e ex-porta-voz do governo afirma em artigo que recentes destaques na mídia, como mensalão, Porto Seguro e agora o depoimento de Marcos Valério, revelam "guerra sem quartel, sem data para acabar"

Num artigo publicado nesta quarta-feira, um dia depois de revelado o depoimento do empresário Marcos Valério envolvendo o ex-presidente Lula, o jornalista Ricardo Kotscho avalia que os recentes destaques na imprensa são uma arma dos "antigos donos do poder", que "não conseguiram recuperá-lo em sucessivas eleições e "buscam agora outros meios para impedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff, atingindo o seu principal eleitor, o ex-presidente Lula".
Na opinião de Kotscho, o julgamento do mensalão, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal – que revelou uma relação do ex-presidente com a ex-secretária da Presidência Rosemary Noronha – e agora o depoimento de Valério revelam "uma guerra sem quartel, sem data para acabar". Para ele, "não bastava condenar os dirigentes do PT" – em referência à Ação Penal 470 – é preciso também "engolir a imagem do principal líder do partido".
Leia abaixo a íntegra do texto, publicado em seu blog:
Ofensiva contra Lula não tem mais limites

Julgamento do mensalão, Operação Porto Seguro e agora o vazamento na imprensa de novo depoimento feito à Procuradoria-Geral da República por Marcos Valério, réu condenado a 40 anos de prisão: a ofensiva contra o ex-presidente Lula não tem mais limites, é uma guerra sem quartel, sem data para acabar.
Em texto publicado aqui mesmo no Balaio no último dia 2 de novembro, eu já previa: "O alvo agora é Lula na guerra sem fim".
Não bastava condenar os dirigentes do PT acusados no processo do mensalão. O objetivo maior era demolir a imagem do principal líder do partido que completa dez anos no governo central agora em janeiro.
Os antigos donos do poder simplesmente não se conformam de ter perdido o controle do país depois de 500 anos de domínio.
Como não conseguiram recuperá-lo em sucessivas eleições, buscam agora outros meios para impedir a reeleição da presidente Dilma Rousseff, atingindo o seu principal eleitor, o ex-presidente Lula.
Para atingir este objetivo, tentam desde o início do governo Dilma jogar um contra o outro, buscando desqualificar o PT e as forças sociais que o levaram à vitória em 2002.
Até hoje não funcionou. Ainda ontem, durante visita oficial à França, a presidente Dilma foi a primeira autoridade brasileira a sair em defesa de Lula:
"É sabida a minha admiração,  meu respeito e a minha amizade pelo presidente Lula. Portanto, eu repudio todas as tentativas - e esta não será a primeira vez - de tentar destituí-lo da imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem".
A iniciativa do debate político no país para a discussão dos grandes temas nacionais deixou de ser do Executivo e do Legislativo e hoje é determinado por uma ação coordenada entre a mídia e as instituições jurídico-policiais, que estabelecem a pauta do noticiário.
Na mesma terça-feira em que uma reportagem do "Estadão" vazou as declarações feitas por Marcos Valério em depoimento à Procuradoria-Geral da República, em setembro, envolvendo Lula no mensalão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao ser indagado sobre a necessidade da abertura de novas investigações, não pensou duas vezes: "Creio que sim".
Foi o que bastou para que a concorrente "Folha" saísse com a manchete garrafal: "Presidente do Supremo quer Lula investigado no mensalão".
Faltando ainda dois anos para as eleições presidenciais de 2014, só posso atribuir esta ofensiva contra Lula agora ao desespero de setores alijados do poder pelo PT que não conseguem encontrar um candidato viável e confiável. Na falta de um candidato, procuram destruir o outro lado.
Cada vez que sai uma nova pesquisa de opinião mostrando a força de Dilma e Lula no eleitorado e a fragilidade dos candidatos da oposição, parece aumentar o furor dos que não se conformam com as conquistas sociais e econômicas dos últimos anos que garantem a alta popularidade dos líderes petistas, apesar do bombardeio sofrido nos últimos meses.
Desta forma, antes mesmo do julgamento do mensalão terminar, vai começar tudo de novo, quem sabe esticando o caso até as próximas eleições presidenciais, enquanto repousam no Supremo Tribunal Federal toneladas de processos antigos envolvendo outros políticos de outros partidos.

Sintonia Fina
- com 247

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